Eveline
"Não estou fazendo nada errado só estou tentando deixar as coisas um pouco mais bonitas.” Caio F.

É verdade que não apareço aqui desde a minha viagem a minha querida São Paulo. Maio, certo? De lá para cá muitas coisas aconteceram.
A vida anda muito boa e cheia de coisas para fazer: mestrado, especialização, aulas em dois lugares. Passo meus dias em três cidades diferentes toda semana, escrevo vários artigos ao mesmo tempo e acabo de dar início a uma monografia. Às vezes fico sem acreditar que eu esteja fazendo tudo isso. Eu realmente descobri em mim uma força que eu não sabia existir. Falo não só de força física, mas principalmente de uma psicológica. Nunca fui boa em lidar com o tempo, com prazos, com formalidades e pior, nunca fui boa em pensar tão metodicamente. O tempo tem sido meu inimigo e eu escrava do relógio. Preciso ser bastante racional e até fria, às vezes, para conseguir dar conta de tudo. Não é fácil, mas tenho dado conta das coisas.
Eu mudei de vida do ano passado para cá. Eu não mudei, mas a vida sim. A minha vida está diferente agora. É estranho e bom ao mesmo tempo. É gostoso ver como a vida de uma balzaquiana vai se lapidando. =) A gente não muda, a gente sofre, ri e acaba ficando mais forte.
Vivo cada dia numa correria só. Chego a ter tonturas e chorar por, às vezes, não poder nem dormir. Contudo, há muitos sorrisos no meio disso tudo. Quando as entrelinhas da vida me atropelam durante os dias que vivo, a poesia interna aflora em meio ao caos. Meu dia, às vezes, parece ter quarenta e oito horas. As entrelinhas se multiplicam e quando menos percebo tive um dia ótimo, cheio de cor, divertido, pleno de sentires e de silêncio. A vida tem sido essa mistura de caos e poesia.
Uma coisa importante que venho percebendo, depois “de velha”, é que gente aprende T A N T O com a idade, não? A idade nos traz mais discernimento para lidar com a vida e com as pessoas que nos rodeiam. Aprendi muito do ano passado para cá. Desde abril de 2009 que pareço está num processo intenso de lapidação. Sinto-me mais forte, menos boba e mais doce. Algumas pessoas não entendem quando eu digo que sou outra sendo eu mesma, mas a verdade é essa. Penso que nesses dois últimos anos, a vida me mostrou como ler as pessoas de uma maneira mais clara e menos romântica. Aprendi que não devemos esperar nada de ninguém. Pois, esperar posturas de quem se gosta, de quem se tem amizade, é na verdade esperar por posturas que na verdade são nossas e não dos outros.Digo isso porque essa foi a minha grande lição do ano passado pra cá... e acreditem estou fazendo o dever de casa bem direitinho. =)
É isso, pessoas, passei aqui porque já não aguentava mais ficar sem escrever algo. Quando as palavras transbordam, nada mais consegue calar.
Termino aqui essa minha pequena passagem e deixo um trecho do livro A Hora da Estrela, que acredito representar como me sinto e o momento que vivo agora:

Uma pessoa grávida de futuro. Sentia em si uma esperança tão violenta como jamais sentira tamanho desespero.”

Vou voltar para minha monografia, mas volto logo, prometo! Semana que vem vou ter motivos mil para voltar aqui: VIAJAREI!!! \o/ Vou visitar mais uma vez duas cidades que gosto muito: Belo Horizonte e Ouro Preto. Participarei do IV Encontro de Professores de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. Estou muito ansiosa para viajar, para comer aquele pão de queijo M A R A V I L H O S O e desfrutar de toda aquela deliciosa culinária mineira. Espero que esteja fazendo um friozinho gostoso, quero tomar vinho e muitos cafés. Ontem soube que as noites continuam frias por lá. Não deve está o mesmo clima que peguei em maio em Sampa, mas certamente deve está bem menos quente do que a cidade que moro. O verão nem começou e já estamos derretendo aqui em João Pessoa.

É isso, querid@s, bons Cafés e deliciosas Palavras para vocês.

Ps. Ah, quase esqueço de contar!! Eu não poderia estar mais feliz! Vou ser tia pela primeira vez!!! =)))

Eveline.